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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Arnaldo Jabor

O IDIOTA E A MOEDA


Arnaldo Jabor


Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia. Um pobre coitado, de pouca inteligência, que vivia de pequenos biscates e esmolas.


Diariamente chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e lhe ofereciam a escolha entre 2 moedas: uma grande de 400 RÉIS e outra menor de 2.000 RÉIS. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.


Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não tinha percebido que a moeda maior valia menos.
- Sei, sim. Ela vale 5 vezes menos. Mas no dia em que eu escolher a outra moeda..., a brincadeira acaba e não irei conseguir ganhar mais nenhuma moeda...


Podemos tirar várias conclusões desta pequena narrativa.


A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.


A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?


A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.


Mas a conclusão mais interessante é esta: A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.


Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos.
O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante de um idiota que tenta bancar o inteligente.
Preocupe-se mais com sua consciência do que com sua reputação.


Porque a sua consciência é o que você é, e a sua reputação é o que os outros pensam de você.

E o que os outros pensam... é problema deles.

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