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terça-feira, 1 de junho de 2010

ciumes

.O que é o ciúme?




Considerada uma das emoções humanas mais potentes, já todos nós sentimos ciúmes numa ou noutra altura das nossas vidas. Dependendo da nossa personalidade, situação e circunstâncias envolventes, o ciúme pode variar em termos de tipo e de grau de intensidade. Embora existam pessoas com mais e menos tendência para serem ciumentas, a verdade é que ninguém lhe escapa.

Definições comuns

Embora os ciúmes sejam quase exclusivamente um sentimento íntimo, apenas partilhado entre o casal, a sua presença no dia-a-dia é altamente mediática, sendo mesmo o tema central de milhares de filmes, livros, músicas e outras manifestações artísticas. O dicionário português da Porto Editora apresenta três definições para a palavra ciúme:

1.“Inveja de alguém que usufrui de uma situação ou de algo que não se possui ou que se desejaria possuir em exclusividade.”

2.“Sentimento de possessividade em relação a algo ou alguém.”

3.“Sentimento gerado pelo desejo de conservar alguém junto de si ou por não conseguir partilhar afectivamente essa pessoa; sentimento gerado pela suspeita da infidelidade de um parceiro.”

Origens escaldantes

A própria palavra “jealous” em inglês tem uma origem curiosa: vem da palavra “jalousie” que é uma derivação da palavra francesa para ciumento – “jaloux”. Esta, por sua vez, está relacionada com a palavra “zelosus” que em latim significa “cheio de zelo”. Se recuarmos mais um pouco, encontramos o termo grego “zelos” que está associado ao conceito de “ferver” ou “fermentar”. No mínimo, curioso…


Sentimentos à flor da pele

O ciúme é sentido por pessoas de todas as idades, os especialistas dizem que até bebés muito novos experimentam esta emoção que, no fundo, pode ser representada por um turbilhão de emoções e exteriorizada através de diversos tipos de comportamentos. Quem sente ciúmes tem, por norma, pensamentos e sentimentos negativos em relação à ameaça de perda de algo que possui e que lhe é muito importante e precioso. Juntamente com a própria emoção que é o ciúme, juntam-se várias outras emoções, igualmente poderosas: medo, ansiedade, incerteza, insegurança, desconfiança, humilhação, tristeza, desgosto, raiva, descontrole, vingança, depressão…

O amor e os ciúmes

Se há algum aspecto da vida em que os ciúmes são mais dominantes é na esfera amorosa. Aliás, um dos temas mais recorrentes em matéria de ciúmes é, sem dúvida, a existência (real ou não) de uma terceira pessoa que ameaça o relacionamento de um casal. Se um dos elementos de determinado casal se sentir ameaçado por alguma coisa ou alguém que possa retirar-lhe a pessoa amada, é aí que os ciúmes falam mais alto. Embora os ciúmes sejam uma parte integrante e normal da natureza humana e das relações pessoais e profissionais, existem vários tipos de ciúmes, a começar pelos ciúmes inocentes e inofensivos; terminando nos ciúmes obsessivos e até perigosos. Enquanto algumas pessoas conseguem lidar bem com essa emoção e todas as outras que o ciúme provoca, dificilmente exteriorizando aquilo que sentem; outras não conseguem conter esses ciúmes e precisam de os expressar ao seu companheiro(a), quer em tom de vitimização e protecção, quer em tom acusatório e possessivo.

O ciúme nasce sempre do amor, mas nem sempre morre com ele.”


- François de la Rochefoucauld (escritor francês do século XVII)


Não há relação amorosa no mundo que não tenha sido ou que não será, num momento ou noutro, abalada pelos ciúmes de um dos elementos do casal. Faz parte da natureza humana e parece, quase sempre, mais forte do que nós, porém, não é. Ou seja, controlar os ataques de ciúmes é mais fácil do que imagina e vale a pena o esforço – a bem da sua sanidade mental e a bem do amor entre o casal… caso contrário, pode ser o início do fim de qualquer relação.


1.Aprenda com o passado. Fazemos e reconhecemos os erros do passado para não voltar a cometê-los, nem no presente, nem no futuro, por isso, se o facto de ser ciumento já vem de trás, está na altura de o travar. Se os ciúmes já prejudicaram uma ex-relação, corre o risco disso voltar a acontecer. Será que esses ataques de ciúmes não estarão na base de uma vida amorosa atribulada? Ninguém quer viver uma relação assim, até porque não resolve nada, antes pelo contrário.


2.Evite fazer filmes. Quem é ciumento tem a tendência de deturpar a realidade, ou seja, um pequeno gesto ou palavra é o suficiente para despertar os ciúmes mais loucos o que, por sua vez, desencadeia um verdadeiro “filme” na sua cabeça. É importante não deixar que a sua imaginação fomente os ciúmes de uma coisa que pode nem ser real. As pessoas mais ciumentas precisam de aprender a distinguir a realidade da ficção, simplesmente porque nem tudo o que parece é.

3.Não exagere. Rodado o “filme”, os mais ciumentos têm a tendência de passar para a acção – discussões, acusações, vitimizações, agressões verbais e até físicas podem fazer parte de um ataque de ciúmes. Se deve pensar sempre duas vezes antes de reagir a qualquer provocação, no caso dos ciúmes, pense três. Será que vale realmente a pena?

4.Segunda opinião. Nem todas as pessoas sabem lidar bem com os ciúmes, até porque essa é uma emoção que faz parte da natureza humana. Se é o seu caso e em vez de fazer cenas lamentáveis – e sobre as quais se vai arrepender mais tarde – procure um amigo(a) para desabafar as suas inseguranças e preocupações. É sempre bom ter a opinião de uma pessoa neutra, por isso, convide esse amigo(a) para sair convosco e peça-lhe para observar os vossos comportamentos e dizer da sua justiça: há ou não motivos para ciúmes? Lidou bem ou mal com a situação?

5.Respeito próprio. Quem sofre insistentemente com ciúmes tende a sentir-se com baixa auto-estima e auto-confiança porque ao sentir-se ameaçado com a possível perda do companheiro(a) culpa-se a si e desencadeia uma série de ataques pessoais: ou porque é muito gordo, magro, pouco interessante ou inteligente… Esse tipo de negatividade é uma chama para manter o espírito ciumento a arder, por isso, é necessário respeitar-se e fazer-se respeitar. Alguém que está extremamente seguro de si, não se sentirá ameaçado por o que quer que seja. Faça o que tiver de fazer para sentir-se sempre bem na sua pele.

6.Conversas a dois. A confiança e a comunicação representam o pilar de qualquer relação a dois e quando o primeiro é posto em causa, é preciso recorrer ao segundo, rapidamente. Em vez de fazer uma cena de ciúmes em frente aos amigos ou estragar aquela que estava a ser uma noite perfeita de regresso a casa no carro, respire fundo, analise a situação friamente e só depois (talvez até não seja má ideia dormir sobre o assunto) é que deve conversar com o seu companheiro(a). Sim, conversar e não confrontar ou gritar. Fale abertamente sobre aquilo que o incomodou e de como se sentiu. Certamente perceberá que afinal não foi nada e que não volta a acontecer ou melhor, a incomodá-lo.

7.Dê atenção à relação. Quem estar obcecado em seguir cada passo e palavra do seu parceiro(a) dificilmente terá tempo ou paciência para dedicar à relação em si. Mas afinal o objectivo de estarmos com outra pessoa não é para viver e sentir uma proximidade saudável e apaixonante? Para nos conhecermos cada vez melhor, para nos apoiar-nos e fazer planos para o futuro? Para nos divertirmos? Então porque é que está a perder o seu precioso tempo a dois com ciúmes infundamentados? Se se dedicar tanto ao fortalecimento da relação como dedica aos ciúmes, essa palavra deixará de fazer parte do seu vocabulário.
 
Os tipos de ciumes
Os ciúmes manifestam-se em todas as relações, com mais ou menos frequência, com mais ou menos intensidade – daí a importância de perceber de que tipo de ciúmes se trata: inocente ou possessivo? Saudável ou doentio?


1.Ciúmes inocentes: uma pitada de ciúme nunca fez mal a ninguém, nem é o suficiente para colocar um ponto final em qualquer relação. É perfeitamente normal uma mulher sentir ciúmes ao ver o namorado a folhear uma revista com fotografias da sua actriz preferida e elogiar os seus muitos atributos; o mesmo se diz de um homem que não pode negar o ciúme que se manifesta quando a namorada sai para jantar só com as amigas num vestido de arrasar. Inocentes e inofensivos, este tipo de ciúme apenas demonstra o amor que se sente por outra pessoa.

2.Ciúmes saudáveis: se um membro do sexo oposto aprecia abertamente o seu parceiro(a) à sua frente, é natural que sinta uma pontada de ciúmes, mas esse acaba por ser um sentimento simultaneamente ciumento e de orgulho porque, embora ele/ela seja alvo de atenção de outro homem ou mulher, é consigo que está. Curiosamente, este tipo de ciúmes tem a tendência de aproximar os casais.

3.Ciúmes românticos: diz-se muitas vezes que o ciúme é uma resposta protectora, cognitiva, emocional e comportamental a qualquer factor externo que possa ameaçar um relacionamento a dois. No caso dos ciúmes românticos, essa ameaça é a existência de uma terceira pessoa (real ou imaginária) e a simples ideia de que possa existir uma atracção entre ela e o seu parceiro(a), desencadeia um turbilhão de pensamentos, sentimentos e acções que são manifestadas em contexto de ciúme.

4.Ciúmes sexuais: este tipo de ciúme tem na sua base o conhecimento ou a suspeição de que o seu parceiro(a) já teve, fantasiou ter ou deseja ter relações sexuais com uma terceira pessoa.

5.Ciúmes emocionais: neste caso, a pessoa ciumenta sente-se ameaçada pelo envolvimento ou ligação emocional e/ou amor do seu companheiro(a) por uma terceira pessoa, que tanto pode ser uma amiga ou amigo, um familiar ou colega de trabalho.

6.Ciúmes obsessivos: quando ao sentimento de ciúme se junta a obsessão em saber todos os passos que o seu parceiro(a) dá sem si, os ciúmes numa relação atingem um nível mais perigoso e pouco saudável. A obsessão com a pessoa amada e o medo de a perder pode não só levar aos ciúmes possessivos e a um controle excessivo sobre essa pessoa, como pode conduzir a agressões verbais e físicas.
 
10 sinais que está a ser controlado por um ciumento(a)
Não será errado afirmar que, no início de qualquer relação, tudo é um mar de rosas e só após algum tempo é que começam a surgir os espinhos. No caso dos ciúmes, estes até podem ser saudáveis e inofensivos, mas é preciso saber quando é que deixam de ser inocentes. Conheça os sinais de perigo.


1.Interrogatórios excessivos. As pessoas que têm muitos ciúmes do seu companheiro(a) têm por hábito questioná-lo acerca de tudo o que se passou no seu dia ou numa saída com amigos. Os interrogatórios são longos e até aborrecidos porque a pessoa ciumenta quer saber tudo o que aconteceu – até ao mais pequeno detalhe – durante o tempo em que não estiveram juntos.

2.Comentários sobre a forma como se veste. Este é um clássico, principalmente quando surge repentinamente e pode incluir desde comentários negativos sobre roupa que não lhe fica bem (mesmo que fique) a “proibições” claras sobre o que pode ou não vestir, sendo que muitas vezes a pessoa ciumenta admite que apenas pode vestir determinada roupa quando sai com ele/ela.

3.Escolta pessoal para todo o lado. Os ciúmes também se manifestam através da vontade e insistência contínua para acompanhar ou levar o companheiro(a) a todo e qualquer sítio, mesmo aos mais habituais ou desinteressantes. Há quem faça questão de ir buscar o seu parceiro(a) ao trabalho, simplesmente porque não quer que ele/ela vá tomar um café com os colegas de escritório no final do dia, por exemplo.

4.Dezenas de telefonemas diários. Se todos os dias recebe dezenas de telefonemas ou SMS do seu namorado(a) a perguntar onde está, o que faz, com quem, até que horas e porquê… o mais certo é estar a ser controlado por uma pessoa ciumenta. Não confunda preocupação com possessão.

5.Zanga-se se olha para alguém do sexo oposto. Por norma, quem tem ciúmes – seja homem ou mulher – sofre de baixa auto-estima/auto-confiança e vive com receio de perder o seu parceiro(a), ou seja, o simples facto de olhar para alguém do sexo oposto (mesmo que seja inocentemente), é o suficiente para desencadear uma cena de ciúmes. Para além disso, muitas vezes, a pessoa ciumenta acusa o seu companheiro(a) de estar a observar outro homem ou mulher, mesmo que não esteja.

6.Interferência na vida social. As relações amorosas são apenas uma parte da vida social de qualquer pessoa, que geralmente inclui ainda amigos, família e passatempos pessoais. As pessoas ciumentas tentam muitas vezes minar os planos do seu companheiro(a) porque, para além de terem medo de estarem ou de ficarem sozinhos, não gostam da ideia do seu parceiro(a) fazer planos e divertir-se sem ele/ela. É habitual fazerem planos mesmo sabendo que o namorado(a) já tem algo combinado, mas obrigam-no a desmarcar os seus. Aos poucos, podem tentar afastar o seu parceiro(a) de todas as outras pessoas que fazem parte da sua vida.

7.Discussões frequentes. Numa relação em que uma das partes é ciumenta, as discussões são frequentes e intensas, normalmente despoletadas por “pequenos nadas” e alastrando para cenas de ciúmes desproporcionadas. Estas discussões podem ainda ser marcadas por um tom dominante por parte da pessoa ciumenta, que pode mesmo ameaçar verbal ou fisicamente o outro(a).

8.Vigilância constante. Quem é ciumento procura controlar cada passo dado pelo seu parceiro(a) – desde verificar as chamadas e SMS do telemóvel, até ler os emails e abrir o correio, passando por mexer na carteira, bolsos de casacos e até segui-lo. Pode estar a ser controlado se o seu parceiro(a) aparecer frequentemente de “surpresa” no local onde costuma almoçar com os colegas de trabalho ou se se cruzarem por “coincidência” no sítio onde combinou tomar café com um amigo(a).

9.Acusações de infidelidade. Mais do que ter ciúmes, as pessoas ciumentas têm necessidade de os comunicar, ou seja, qualquer situação – trabalhar até tarde, um almoço de família ou uma má disposição – que obrigue os elementos do casal a estarem separados, serve para a pessoa ciumenta acusar o outro(a) de ser infiel.

10.Cenas de ciúmes. Uma relação marcada pelo ciúme é invariavelmente marcada por cenas de ciúmes e estas tanto podem ser em privado, como em público. Porém, se cada saída acaba por ser estragada por um ataque de ciúmes – independentemente de estarem rodeados de amigos, familiares ou estranhos – é porque alguém estava a controlar alguém, em vez de desfrutar da sua companhia.
 
6 coisas que despertam ciúmes nas mulheres
Nenhum homem é de ferro… e as mulheres também não. Os ciúmes aparecem quase sempre em torno dos mesmos motivos e ameaçam deixar qualquer mulher à beira de um ataque de nervos. Saiba o que pode transformar a bela em monstro…


1.As saídas com os amigos. Um dos principais instigadores de ciúmes no sexo feminino é, sem dúvida, as saídas dele com os amigos – parece que há sempre tempo para os amigalhaços, mas nunca para a namorada; parece que só com os amigos é que os homens se conseguem divertir ou fazer programas engraçados. Pior do que isso, é pensar que, todos os juntos, não devem fazer outra coisa se não atrair e manter as atenções de outras mulheres.

2.Mulheres à solta. Já tínhamos referido as mulheres que sozinhas, em grupos de três ou em multidão, são o maior inimigo de qualquer mulher ciumenta, cujo maior medo é perdê-lo para outra. E os ciúmes nesse campo podem dever-se a qualquer coisa (inocente ou nem tanto), uma vez que as mulheres não suportam que o seu parceiro olhe, fale, ajude, comente ou toque outra mulher que não ela.

3.A mãe dele. Se há alguma mulher que consegue bater todas as mulheres em termos de provocar ciúmes, é a mãe dele. Para além de uma ligação especial e inquebrável, ele será sempre “o seu menino” e nunca haverá uma menina que realmente o mereça. As mulheres ciumentas não suportam isso e os longos telefonemas ou os recados dados de soslaio à mesa do jantar (sem ele ouvir) são mais do que suficiente para soltar o “monstro verde”.

4.Comparação com outras. É verdade que as mulheres são o tema dominante no que toca a provocar ciúmes no sexo feminino e se o homem passa a vida a comparar a sua mulher com outras, pior. Dizer coisas como “devias maquilhar-te mais como a Ana” ou “porque é que não te inscreves no ginásio onde anda a Filipa, ela está muito em forma”, vai acordar o lado ciumento de qualquer mulher, não só porque há uma chamada de atenção para o seu aspecto físico, mas porque ele anda a apreciar outras – provavelmente amigas, primas ou colegas de trabalho. Cuidado com as comparações, mesmo as mais inocentes.

5.Trabalhar até tarde? Se um homem começa a usar várias vezes seguidas a desculpa “tenho de trabalhar até tarde” porque não pode ir jantar ou ao cinema com a sua namorada, o mais certo é um ataque de ciúmes. “Agora o trabalho é mais importante do que eu?”, “Será que ele está realmente no escritório?”, “Talvez esteja a ter um caso com uma colega de trabalho”… serão os pensamentos dominantes das mulheres mais ciumentas.

6.Súbito interesse no visual. Quando, de um dia para o outro, um homem muda de penteado, renova o guarda-roupa ou inscreve-se no ginásio, uma mulher desconfia e não consegue esconder uma pontinha de ciúmes. “Será que é para mim ou para outra?” vai ser a questão mais óbvia e o ponto de partida para uma corrente de ciúmes que podem levar a acções como verificar as chamadas e SMS do telemóvel, segui-lo ou aparecer de “surpresa” no escritório ou no local onde costuma almoçar.
 
.8 coisas que despertam o ciúme nos homens
Na “guerra” que é o amor e na “bomba” que são os ciúmes, os culpados nem sempre são os mesmos. Às vezes são as mulheres que revelam o seu lado ciumento, outras vezes são os homens. Curioso para saber quais os principais motivos que desencadeiam ciúmes no sexo masculino? Continue a ler.


1.Vestida para matar. Se é verdade que os homens adoram ver a sua mulher com um vestido super sexy, uns saltos altos arrasadores, perfumada e bem maquilhada, também é verdade que gostam de reservar esses visuais para os seus olhos apenas ou então para os momentos em que elas saem com eles. Se uma mulher sair assim para um jantar de amigas ou um almoço de negócios, os ciúmes não tardam a aparecer.

2.Atenção masculina. Os homens adoram apreciar mulheres, mas odeiam quando eles apreciam a sua! O lado ciumento de qualquer homem vai fazer-se notar se ele observar que algum “macho latino” está a mandar olhares, a tentar flirtar, a conversar há já muito tempo ou a chegar-se mais do que devia à sua mulher. Então se ela estiver vestida para matar, cuidado que pode haver cena de ciúmes…

3.Independência. Mulheres que gozam de uma saudável independência pessoal (fazem tudo o que lhes apetece, estão sempre activas e não dão contas da sua vida a ninguém), profissional (bem sucedida, respeitada, habituada a viagens de negócios) e financeira (não precisa, nem quer que ninguém suporte as suas contas) são o pior pesadelo de qualquer homem ciumento. Porquê? Simplesmente porque mesmo nos homens ditos “liberais” ainda existe, nem que seja bem lá no fundo, uma pontinha de machismo que defende que são os homens que devem cuidar das mulheres e que, por isso, elas “devem-lhes” eterna gratidão. Os ciúmes apertam porque uma mulher como estas tão depressa pode estar ao lado do seu homem, como fechar-lhe a porta para sempre sem pestanejar.

4.As amigas dela. Com o decorrer de uma relação, alguns homens esperam que a sua companheira largue tudo e todos para se concentrar exclusivamente nele, principalmente as amigas – e se forem aquelas que não gostam dele, então nem vê-las! Quando uma mulher não “obedece” a tal requisito, soltam-se os ciúmes.

5.Os amigos dela. Em matéria de ciúmes, só uma coisa pode ser pior do que as amigas – os amigos. Nomeadamente se são daqueles com quem ela passa a vida a trocar telefonemas, SMS, falar no Messenger e no Facebook ou então, pior, com quem tem um almoço mensal que cumpre religiosamente. Qual será o tema de conversa e porque é que ela não pode conversar comigo sobre isso, pensarão certamente muitos homens… infelizmente, esses pensamentos transformam-se muitas vezes em ciúmes.

6.Os amigos dele. Nem estes pobres coitados escapam aos ciúmes dos supostos amigos, principalmente se ela adora os amigos do namorado, não se importando de fazer programas em conjunto porque o “Diogo é super-divertido” ou porque o “Tiago é tão giro, nem sei como é que não tem namorada”… Para alguns homens, e mesmo tratando-se dos amigos (ou então por causa deles), é impossível controlar este tipo de ciúmes.

7.A família dela. A união de um homem e de uma mulher pode implicar, mais cedo ou mais tarde, a junção de duas famílias – o que pode ser positivo ou negativo. Quantas histórias já não ouvimos de alguém que tentou obrigar a sua companheira a escolher entre ele e a família? É verdade e infelizmente é neste tipo de atitudes que o pior tipo de ciúmes se pode transformar.

8.Os filhos. Sim porque, quer queiramos, quer não, um recém-nascido desenvolve uma ligação especial e única com a mãe, o que pode despertar os ciúmes num homem, fazendo-lhe sentir sozinho ou posto de parte. Nesta fase é comum uma mãe passar muito tempo com o bebé e negligenciar um pouco a vida a dois. Mesmo quando os filhos são maiores, pode surgir aquele ciúme inocente de que a mulher dá mais atenção e passa mais tempo com os miúdos do que com ele. Por norma, este tipo de ciúme é considerado amoroso e não tem uma conotação tão negativa… mas a verdade é que existe e é mais comum do que se imagina.
 
Ciúme vs. Inveja
A ligação entre ambos é inevitável mas a verdade é que o ciúme e a inveja não são a mesma coisa. Enquanto o ciúme é motivado por algo que se possui e que se tem medo de perder, a inveja é motivada por algo que não se possui, mas que se quer ter ou então que não se quer que mais ninguém tenha. São muitas vezes confundidas, mas até legitimamente porque uma pode perfeitamente desencadear a outra.


Um triângulo de emoções

Não raras vezes utilizadas como sinónimas, as palavras ciúme e inveja são, na realidade, bastante distintas. Enquanto o ciúme está quase sempre associado a um potencial rival (por exemplo: uma criança que inveja o seu irmão recém-nascido; um marido que inveja uma nova amizade entre a sua esposa e um colega de trabalho), a inveja prende-se mais com bens materiais ou as características positivas de outra pessoa (por exemplo: uma mulher inveja o carro novo da sua amiga; um homem inveja o sucesso profissional do seu amigo). Se por um lado o ciúme é, no fundo, o medo de perder alguém; a inveja é querer que outra pessoa perca aquilo que tem, porque não a merece tanto quanto você. No primeiro caso, o foco central está na pessoa que pode tornar-se uma rival, que ameaça uma relação presente; no segundo, o foco central está num objecto material ou na forma de ser ou de estar e não na pessoa invejada em si.

Amor, ciúme e inveja
Em termos de relacionamentos, o ciúme e a inveja são muitas vezes misturadas, até porque são sentimentos que podem ser vividos em simultâneo, sendo que um pode desencadear e até intensificar o outro. Se uma mulher tem ciúmes de uma potencial rival, pode ainda sentir inveja se a “outra” tiver a forma física e o aspecto de uma top model. Um homem que tem ciúmes da sua namorada pode sentir inveja ao verificar que ela dá “mimos” que serão exclusivamente dele, ao seu irmão ou melhor amigo, por exemplo. Os ciúmes amorosos podem facilmente transformar-se numa inveja apaixonante.
O verso da moeda

Curiosamente, ambas as emoções podem ser vistas de uma perspectiva mais positiva: o ciúme pode ser a manifestação de uma simples vigilância ou compromisso em preservar alguém e a verdade é que uma pitada de ciúmes nunca fez mal a ninguém. A inveja, por sua vez, pode levar alguém a tomar acção, a arregaçar as mangas e deitar mãos ao trabalho para conseguir aquilo que não tem, mas que faz questão de ter.

Pecado mortal?
A inveja está na lista restrita dos sete pecados mortais que há séculos (diz-se que esta lista pode ter surgido no ano 590 d.C.) rege religiosos de todo o mundo, separando os “pecadores” dos “não pecadores”. Ter inveja é sentir ressentimento para com outra pessoa, simplesmente porque essa pessoa é ou tem algo que você não é ou não tem; para além disso, fomenta o desejo de que essa pessoa perca aquilo que é cobiçado. Na sua obra “Purgatório”, Dante vai ainda mais longe ao estipular que o castigo para este pecado – o desejo de ver alguém perder algo que você não tem mas queria ter – seria ter os olhos cosidos com arame, simplesmente porque quem tem inveja tem prazer nesse acto. Ou seja, invejar é também nutrir um ressentimento contra outro e os seus atributos ou pertences; é desejar, fazer com ou observar que alguém fique sem algo importante.


O ciúme desencadeia sentimentos de:

Medo de perda

Suspeição de traição

Raiva por causa de uma possível traição

Desconfiança

Incerteza

Solidão

Medo de perder companheiro(a) para outra pessoa, mais atraente, mais interessante, mais bem-sucedida…

Baixa auto-estima

Tristeza com a perda de algo importante

O desejo de proteger e preservar aquilo que tem

A inveja desencadeia sentimentos de:

Inferioridade

Baixa auto-estima

Ânsia de ter algo ou alguém

Rancor

Hostilidade ou malevolência para com a pessoa invejada

Vontade de possuir as características mais positivas da pessoa invejada

Vontade de fazer com que a pessoa invejada fique sem aquilo que é cobiçado

Direito, no sentido em que merece mais aquilo que a outra pessoa tem

Sentimentos de culpa relativamente à própria inveja e consequentes reacções

O desejo de obter aquilo que não tem

Motivação para melhorar, para conseguir aquilo que deseja
 

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